A Lenda do Ataque da Cavalaria Polonesa Contra Tanques Alemães.

Na tarde de 1º de setembro de 1939, primeiro dia da invasão alemã, o 18º Regimento Uhlan da Pomerânia, posicionado ao longo da fronteira noroeste da Polônia na região de Krojanty, recebeu ordens para atacar o flanco da 20ª Divisão de Infantaria Motorizada alemã que avançava. Por volta das 19h00, batedores poloneses identificaram uma coluna de infantaria alemã, que prontamente foi atacada pelos cavaleiros poloneses com sabres em punho e dispersada.

No entanto, para infelicidade dos poloneses, uma unidade de carros blindados alemães apareceu em seguida e abriu fogo com suas metralhadoras pesadas antes que os cavaleiros pudessem se evadir, deixando um grande número de soldados mortos, junto aos seus cavalos.

No dia seguinte, um grupo de repórteres foi trazido para ver o campo de batalha repleto de cavaleiros e cavalos mortos, sendo relatado que a cavalaria polonesa havia atacado tanques alemães, num exemplo de teimosia e obsolescência diante do poder tecnológico da Alemanha, criando assim uma peça de propaganda que ainda perdura.

A verdade é que na Segunda Guerra Mundial, apesar dos inegáveis avanços tecnológicos e do emprego maciço de meios mecanizados, os cavalos foram amplamente empregados, estimando-se que somente os alemães utilizaram mais de dois milhões e meio de animais.

Contrariando o senso comum, o cavaleiro polonês no início da Segunda Guerra Mundial não era o herói quixotesco que avançava de lança contra blindados, retratado pela propaganda alemã, mas um soldado de infantaria móvel de elite bem treinado e altamente motivado, que em mais de uma ocasião mostrou seu valor em combate, chegando a reter e fazer recuar a 2ª Divisão de Infantaria Motorizada alemã, que juntamente com a 20ª, citada acima, integrava o Corpo de Exército comandado na invasão pelo famoso General Heinz Guderian.

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