O Junkers Ju 87 “Stuka”, (Sturzkampfflugzeug: bombardeiro de mergulho em alemão) era uma aeronave de ataque ao solo, projetada por Hermann Pohlmann que voou pela primeira vez em 1935 e fez sua estreia em combate com a Legião Condor da Luftwaffe durante a Guerra Civil Espanhola em 1937, tendo participado ativamente do infame ataque a Guernica, eternizado na famosa pintura de Pablo Picasso.
Parecendo uma sinistra ave de rapina, a aeronave símbolo da Blitzkrieg, era facilmente reconhecível, não só por sua silhueta peculiar e pela carenagem dos seus trens de pouso, mas também pelo uivo das sirenes instaladas neles, conhecidas como “trombetas de Jericó”, que atormentavam pessoas e animais durante seu mergulho.
Suas primeiras ações na II GM ocorreram logo no início da invasão alemã da Polônia, bombardeando a guarnição de uma ponte ferroviária, campos de aviação e as instalações portuárias de Hel, onde tiveram suas primeiras baixas, quando dois dos quatro aviões envolvidos no ataque foram abatidos pelas baterias antiaéreas. Também na manhã do dia 1º de setembro, os Stukas participaram do bombardeio que praticamente destruiu a cidade de Wieluń, quando mais de 1.200 habitantes foram mortos. No entanto, seu papel principal na campanha foi atuar como “artilharia voadora”, atacando as forças terrestres inimigas e abrindo caminho para as formações blindadas e mecanizadas.
A longo da campanha, esquadrões de Stukas realizaram centenas de missões contra alvos civis e militares, corroendo tropas e instalações defensivas, enquanto a Wehrmacht avançava inexoravelmente em direção à capital polonesa. Após o colapso das defesas organizadas, a Luftwaffe dedicou sua atenção – e seus Stukas – para a própria que foi implacavelmente bombardeada até sua rendição. Para a campanha da Polônia, os alemães dispunham de aproximadamente 1.500 aviões, divididos em duas grandes unidades operacionais, Luftflotte 1 e 4, destas aeronaves: 340 eram bombardeios de mergulho. Ao longo da campanha, 31 Stukas foram perdidos para o fogo inimigo.
